O texto aborda as nocividades ambientais e alimentícias como temas que, a pesar das suas próprias características, compõem uma parte relevante do universo dentro do qual a bioética se desenvolve. Neste sentido as nocividades representam um desafio reflexivo e metodológico que faz com que a bioética questione, inclusive, os processos e nomenclaturas que fundamentam a sua ação cotidiana. Visto que as nocividades ambientais e alimentícias possuem uma história -reflexiva e prática-, independente da bioética, com a participação de atores de vários universos, se faz necessário reflexionar sobre a experiência acumulada nos últimos anos. De acordo ao mencioando no texto, se faz necessário questionar a sua presença nos discursos e os resultados que isto tem provocado. Esta experiência constitui o inevitável terreno para que se continue reflexionando com respeito às nocividades desde a pespectiva da bioética. Pelo fato desta história também trazer à tona os obstáculos e dificuldades com as regulações e juízos já propostos, traz como consequência que ao se medir a bioética com as nocividades também se está medindo com uma parte considerável de si mesma.